O Verão 2011 da Printing teve como inspiração os jardins ingleses, mote que resultou em padronagens florais acompanhadas de elementos mais austeros, alfaiataria impecável e um dos oxfords mais interessantes da estação. O que se viu foi uma Printing mais jovem, mas luxuosa na mesma medida de sempre.
O desfile abre com vestidos em tons neutros, como branco e crus. As moulages criam volumes bem-proporcionados que respeitam os tecidos: ora são executadas em cetim e sedas, ora em linhos. A desconstrução da modelagem da Printing não é puro exercício, mas usada com objetivo de elogiar o corpo que veste a roupa da marca.
Após a seção de cores claras entram na passarela os terrosos e verdes, reforçando a vontade militar da estação sem soar repetitiva. Ótimas as calças de montaria em jacquard, ajustadas na perna e volumosas no quadril. Os motivos florais aparecem primeiro nos bordados para ressonar nos acessórios e culminar em estampas. Estampa essa que tem seu melhor momento na saia plissada – a criação de superfícies novas para a estamparia foi uma novidade boa da temporada (vide as tramas estampadas da Totem). O desfile da Printing se encerra voltando para os brancos do início, dessa vez em chiffon, organza e seda metalizada. Os looks são abertamente românticos, mas ganham graça com a mistura de texturas que sempre foi o ponto alto da marca.
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